quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Saudade, eu te odeio.

  Querido Diário,
   Fiquei um certo tempo sem escrever, porque quando tentei por pra fora o que sentia, há uns dias atrás, nada parecia sair direito. Mas acho que agora eu consigo.
   Faz nove dias que eu briguei com o Lucas. Só que dessa vez, foi sério. Não foi o tipo de briguinha que em um dia nós esquecemos, e depois voltamos a nos falar como se nada tivesse acontecido. Dessa vez, foi uma discussão real, sem os xingamentos como "burra" ou  "otário". Foi uma briga igual "de gente grande", o que me preocupa de verdade, porque é a primeira vez que isso acontece.
   O motivo é tão bobo que acho melhor nem comentar.Mas o motivo da briga não foi o motivo da minha raiva. Depois que eu lhe disse que estava cansada das estupidezes que ele fazia, ele disse que não me conhecia e não tinha como saber o que eu queria. Não me conhecia. Nós falamos (falávamos) toda noite ou por chat, ou por sms, ou por telefone e ele não me conhecia? Fomos por um ano da mesma escola, sendo muito íntimo e nunca perdemos o contado e ele não me conhece? Quem ele conhece então? Sua namorada que ele conheceu esse ano? 
   Mas eu estou bem, sim. Fiquei muito... sensível na madrugada da briga, passei duas noites sem dormir, mas agora eu já estou de boa com tudo. Eu sempre me envolvi com as pessoas muito intensamente, ás vezes eu acreditava que elas faziam o mesmo... Mas eu aprendo. Um dia eu aprendo. 
    Aposto que foi tranquilo pra ele. Que foi fácil. Talvez até um alívio. Mas tudo bem. Eu não me importo mais. 
     Se eu me apeguei fácil, desapegarei fácil também. É só uma questão de tempo.

sábado, 29 de dezembro de 2012

Sonhos estranhos...

   Querido Diário,
    Bem, passei uns dias sem escrever. Eu estava um pouco ocupada, já que estou de férias e estou tentando aproveitar o máximo que posso, para não me arrepender na volta as aulas. Acabei de descobrir que tenho uma amiga lésbica. Ficamos muito tempo conversando sobre isso. Foi legal porque ela disse que não tinha mais ninguém pra conversar, pois achava que nenhuma amiga entenderia o que ela sente. Mas eu sempre achei a homossexualidade muito normal. Sempre achei as diferenças normais. Então ela tem alguém pra conversar agora.
   Mas não é sobre isso que eu quero falar. Eu ... Achei que seria bom falar um pouco de um "sonho" que tive noite passada. 
   Foi com o Lucas. 
   Nós estávamos em algum lugar deserto que eu não reconheci. Talvez fosse sua casa. Estávamos discutindo - essa parte pareceu realmente real, já que é a coisa que mais fazemos - quando, de repente eu falei algo que o deixou mexido e ele se sentiu arrependido e me pediu desculpas. Então nós tivemos um diálogo parecido com isso:
    -Me desculpa... Eu não sei o que há de errado comigo. - Ele disse.
    -Eu sei o que é.
    -Esqueci que você sabe de tudo. 
    -Você tem medo.
    -Medo? Medo de que?
    -Eu não sei... Acho que de mim. De nós... 
    -Impressão sua.
    -Nem vem, Lucas. Eu te conheço melhor que você se conhece.
    -Você não sabe de nada.
    -Sei que você não fala o que você pensa. Você disfarça suas palavras, esconde-as. Você nunca toma atitude. Sempre espera a certeza de que vai dar tudo certo. Porque você tem medo. Você morre de medo de se machucar.
     Ele não me respondia. Então continuei:
     -Vamos fazer o seguinte... Você vai ser totalmente verdadeiro nos próximos minutos. Sem rodeios, sem disfarces. Só a verdade. Promete?
     -Prometo.
     -O que você quer agora?
     Ele sorria e olhava para baixo.
     -No que você está pensando?
     -Em não te levar pra casa esta noite.
     Nos entreolhávamos. Ele teria tomado a atitude, esperava por minha resposta.
     -Então não leve.
     Ele me beijava e nos deitávamos lentamente, ele tirava minhas roupas e as dele, e quando estávamos apenas de roupas íntimas, ele sorria para mim e...
     E o sonho acabou ali. O que me deixou realmente frustrada foi que ninguém me acordou. Ele simplesmente parou ali. Ficou por terminar. 
     Eu realmente gostaria de saber o final. Só por saber. Não que eu espere que isso aconteça. O Lucas tem namorada. Nós somos melhores amigos. Mas dês de que ele jamais saiba, acho que tudo bem. Acho que tudo bem sonhar coisas impossíveis de acontecer. E não vou dizer que não gostei desse sonho, mesmo sendo o certo a dizer. 
    Acho que é isso... Boa Noite. 

domingo, 16 de dezembro de 2012

Uma amizade colorida?

   Olá gente! Acabei de chegar de uma festa e foi maravilhosa. Sabe aquele tipo de lugar que só toca eletrônicos, tipo David Guetta e Flo Rida? Então, foi assim. Eu pulei muito, foi maravilhoso. Mas não é bem disso que eu quero falar...  Na verdade, são sobre duas coisas, mas acho que a outra pode esperar... 
   Quero falar do Lucas. 
   Ontem eu fui pra uma social com umas amigas, entre elas a minha irmã de coração, Priscila. Ela sempre percebe quando eu gosto de um garoto, ás vezes ela percebe antes mesmo de mim. 
   O Lucas e eu nos falamos quase o tempo todo: ou por chat, ou por sms ou por ligação mesmo. O tempo todo, de verdade... Passamos horas conversando e brigando. Nessa social e na casa da Pri, pra onde fomos depois, eu fiquei no tel com ele, chat, mensagem e tudo mais... E era quase o tempo todo. As meninas ficaram brincando, dizendo que nós estávamos obcecados um pelo outro.  Uma hora, a Priscilsa me chamou pra um canto e veio me dizer que sabia que eu estava gostando dele, e já fazia tempo. Eu disse que não, que nós éramos amigos, mas ela disse que meus olhos denunciavam tudo.
   A Pri SEMPRE sabe quando eu gosto de alguém, ela nunca errou até hoje. Eu simplesmente não sei o que fazer. Eu e ele brigamos, como sempre fazemos. Só que diferente das outras vezes, dessa vez, quando ele veio puxar assunto comigo, eu não dei papo para ele. Porque estava cansada das brincadeiras das minhas amigas. Porque uma delas tomou o telefone da minha mão e disse "deixa sua namorada em paz um pouquinho". Porque todo mundo acha que eu sou a namorada dele, mas não sou. Ele tem uma namorada e não sou eu. Só que eu sei que ele não "pede desculpas" duas vezes e ele sabe que eu sou orgulhosa demais pra pedir ao menos uma vez. Nós estamos há um dia sem nos falarmos, ele vai viajar semana que vem e eu estou morrendo de saudade de ouvir a voz dele. E simplesmente não sei o que fazer. 
    Estou torcendo pra receber uma ligação dele no meio da madrugada, ou amanhã mesmo. Estou torcendo de verdade...
      Beijos.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Falando um pouco mais dos amores...

  Bem gente, vou continuar a outra postagem, falando dos garotos que me marcaram até hoje. 
  O próximo garoto, Miguel, foi uma espécie de "substituição" do Thiago. Ele também era palhaço da turma e era amigo do Pedro. Achava que eles tinham a personalidade parecida.  Nós demos dois ou três beijos de criança, sem língua. Mas ele me via como amiga, e me contava coisas da garota que ele gostava. E eu ouvia. E ia pra casa e ficava triste. Mas não conseguia parar de ouvir, porque não conseguia parar de falar com ele. Hoje somos grandes amigos, ele me conta coisas que não conta pra mais ninguém. Sempre me pergunto como consegui gostar dele... 
   Depois veio o Lucas... Amor a primeira vista, se vocês querem saber. Eu soube que ele ia marcar o meu ano, talvez minha vida. Acertei. O conheci ano passado e hoje somos irmãos. Sério, nós nos chamamos de irmãos mesmo. Eu o amo demais, sempre vai ser assim. Mas acho que tendo ele como irmão, ele vai ser permanente na minha vida. Falo dele e com ele o tempo todo. Ele é um chato. Ele era o garoto problema e misterioso que ninguém entendia. Só eu. Só eu consegui passar por aquele escudo. Acho que vou estar sempre presa a ele, e nem me importo, se quer saber. Eu acho maravilhoso tê-lo na minha vida. 
   Enfim... Teve um garoto em particular... O único garoto com quem eu já fiquei que eu gostava. Matheus. Ele é do meu curso e a história é bem estranha... Eu era melhor amiga da Luana, e ela gostava dele. Então nós nos tornamos um trio. Só que ela repetiu, e ficamos nós dois na mesma turma. Ele se sentava sempre ao meu lado e me tocava durante a aula. Nós conversávamos por telefone e via internet. Eu gostei dele. Ele ficou com a Luana e pediu segredo, mas como nós éramos amigas e ela não sabia o que eu sentia por ele, me contou tudo com detalhes. Na aula seguinte ele tentou ficar comigo. Eu o dei um tapa. Ele continuou insistindo. Ficamos no banheiro masculino do curso. Quase transamos. Nosso primeiro professor nos flagrou. Adivinha quem nos deu aula esse semestre? Esse mesmo professor. E ficava mandando indiretas, mesmo eu tendo pegado nojo do Matheus. Eu contei tudo pra Luana e ela me desculpou. Nós continuamos amigas e ele está sozinho agora. 

Falando um pouco dos amores...

  Bem, eu estou de férias. Passei direto. Não tenho grandes novidades dês de então. Poderia contar sobre os filmes que assisti e as festas que fui e ainda vou, mas quero explicar algumas coisas antes. Coisas como os garotos que eu gostei. 
  Vamos pelo começo... O primeiro garoto que eu gostei, no segundo ano do fundamental, era o Mário. Eu fazia gravações e cartas pra ele, as quais nunca entreguei. Ainda não estudava no colégio que estou. Nós éramos amigos e eu o achava lindo (mas ele não era). Quando saí do colégio para entrar no que estou estudando agora, mandei uma mensagem pro seu Orkut - nós ainda usávamos ! - dizendo algo parecido com "eu gosto de você, e se você me zoar eu te bato, você sabe que bato!". Depois que ele viu a mensagem começou a se esconder de mim nas festas que íamos. 
   O segundo, foi o primeiro menino que reparei no colégio que ainda estou estudando. Eu gostava do Caio, apesar de nunca termos nos falado. Uns dois anos depois, na última semana dele na escola - eu já não gostava dele - nós viramos grandes amigos, melhores amigos até. Ele me chamava de "the best" e dizia que sentia saudades de estudar comigo. Mas eu não sei o que aconteceu, porque agora nós nem nos falamos. 
  O terceiro, e o mais importante, foi o Thiago. Nós nos odiávamos, de verdade. Eu pedia todos os disas que ele morresse atropelado ou coisas assim. Ele era um completo idiota, sempre fazendo piadinhas sobre mim. Qualquer coisas que eu fizesse recebia as críticas dele. Mas ele era o palhaço da turma, e eu sempre gostei de caras engraçados. Sempre gostei de sorrir. Acho que é a coisa que mais faço, mesmo sem estar feliz de fato. De qualquer jeito, comecei a gostar dele no quinto ano, depois que ele caiu de algum jeito da cadeira e começou a sangrar muito, e eu comecei a chorar muito e nós viramos melhores amigos, mesmo brigando o tempo todo. E no fim do ano ele me pediu desculpas por tudo que fez pra mim. No ano seguinte ele me deixou de lado. Nem falava de mim, nem comigo. Mas eu continuei apaixonada por ele pelo resto do ano. Hoje, com 14 anos, indo pro nono ano, ainda penso nele ás vezes. E ainda choro quando ele cai da cadeira. 

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Querido Diário,

   Eu fiquei muito ansiosa para fazer a primeira postagem de verdade do blog... Acho que vou contar um pouco sobre a minha família. É uma história bem engraçada.
   Antes de meu pai casar com a minha mãe, ele era marido da irmã mais velha dela. Sim, meu pai largou a irmã da minha mãe por ela, dá pra entender? Sendo que ele já tinha dois filhos com ela, ou seja, eu tenho um irmão e uma irmã que ao mesmo tempo são meus primos. 
   É bem engraçado contar isso, porque a maioria das pessoas acha isso loucura. Eu já estou  acostumada, afinal, minha família é uma loucura... Se você estiver se perguntando "como sua tia e sua mãe se relacionam?", a resposta é: elas são grandes amigas! E ainda são vizinhas, porque meu pai era dono de dois apartamentos em botafogo, um do lado do outro, e perdeu um pra cada ex-esposa. Um pra minha tia, outro pra minha mãe (esqueci de falar que eles são divorciados). 
   A história do divórcio, assim como o resto da história da família, é uma completa bagunça! A amante do meu pai veio busca-lo na casa da minha tia (onde eu moro dês de um ano, e onde ele e minha mãe estavam hospedados no período de mudança) e minha mãe ficou furiosa, pegou uma faca e atacou a mulher. Nossa família tinha acabado de se mudar para a casa nova...
   O caso é que meu pai deixou minha mãe e saiu com a tal mulher. Alguns meses depois minha mãe se mudou pra Botafogo, o que foi difícil de aceitar no primeiro ano, quando me distanciei muito dela. Mas com o tempo fui aceitando as coisas, hoje estamos todos bem. Meu pai se acertou com a décima segunda namorada e está morando com ela na casa ao lado da minha, e minha mãe está morando com um cara de 27 anos. Ele é bem legal. 
   Não que isso seja importante, mas meu pai e minha mãe fazem aniversário no mesmo dia, e meu padrasto e minha madrasta também. É... eu acho que o destino gosta muito de pregar peças na nossa família...
   Bem, acho que isso é o suficiente sobre a minha família. Espero que na próxima postagem, eu consiga falar mais sobre mim... Mas por hoje chega. 
    Beijos. 

Primeira Postagem:::: Apresentação

   Bem, olá. Eu não sei se alguém vai ler isso aqui, mas se ler, precisa saber do que se trata. Eu não vou dizer meu nome, então para todos os casos me chamo Maria. Eu gostaria de tornar isso um diário, onde vou contar coisas interessantes - ou não - sobre a minha vida, minha escola e coisas assim. 
   Eu nunca fiz isso antes, quer dizer, não em um computador. Eu já tive uns dois ou três diários, mas eram em cadernos e eu só consegui terminar um. Mas eu acho que... Eu preciso de um amigo.
   Não que eu não tenha amigos, muito pelo contrário. Eu tenho muitos amigos, alguns eu até posso chamar de irmãos. Eles são incríveis, sério. Jamais reclamaria deles. Mas é que ás vezes eu sinto vontade de falar sem parar, e não sei se alguém aguentaria isso. Tirando o fato, é claro, que eu...  Bem, eu gosto de dizer que sou um livro aberto, mas não sei se isso é tão bom. Então eu gostaria de verdade, de poder falar com alguém, talvez apenas comigo mesma. Eu acho que seria bem mais fácil pra mim... Decidi tentar aqui, porque é bem mais seguro do que um caderno ou um documento salvo no computador, ou qualquer coisa do tipo. Então é aqui que eu vou desabafar. Se preparem para uma garota completamente esquisita. Aqui vamos nós.